O governo da Guiné Bissau deposto no golpe militar de 12 de abril apela ao secretário-geral das Nações Unidas que assuma a liderança do processo de transição no país, considerando que a CEDEAO não tem condições para continuar a fazê-lo.
"A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental não tem mais condições para conduzir o processo para a busca de uma solução duradoura para a crise da Guiné-Bissau, ao se apressar nesta tentativa de impor uma solução que não é solução, mas um desastre total para o povo da Guiné-Bissau", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros - Mamadu Djaló Pires, em conferência de imprensa em Lisboa, esta sexta-feira.
Falando em nome do "governo legítimo da Guiné Bissau", o ministro apelou ao Conselho de segurança das Nações Unidas e do secretário-geral, Ban Ki-Moon, que o processo "seja liderado pela ONU, envolvendo outras organizações, como a União Africana, a CPLP e a União Europeia".
A conferência de imprensa foi convocada após, na quinta-feira, a CEDEAO ter proposto o presidente interino do parlamento - Serifo Nhamadjo, para Presidente de transição durante um ano.
Oiça o resumo da conferência de imprensa da jornalista Paula Borges: